24.2.07


Há sempre um... em todo o lado. A história é simples e conta-se em pouco mais de 30 segundos. Um tipo sai de casa ao sábado à tarde (ainda que tenha pouca vontade de sair e tal... mas sai). Conduz até à cidade, a tentar não bater, nem nos "domingueiros" que parecem pedir por amor de Deus para levar uma panada daquelas boas de quem vai a uma velocidade normal, nem nos outros que acham que por ser fim-de-semana não há mais ninguém na estrada e andam a 200 no Viaduto Duarte Pacheco. Chegado aos Restauradores, um gajo estaciona no ÚNICO nicho de avenida que encontra em que não há um carocho com um jornal enrolado a tentar caçar a moedinha. (E agora passo a falar na 1ª pessoa) Carro estacionado, saio do carro e olho para o senhor bem posto, de óculos e tudo, com o mono-volume que tenta estacionar no lugar à frente do do meu carro, ainda que haja fortes dúvidas (minhas... não dele; só minhas, aparentemente) de que um mono-volume (apesar de tudo o que a publiciade tenta fazer ver) não cabe propriamente no lugar de um ligeiro. Mas ele acredita. Fico por ali, não me ponho logo ao caminho, para ver o que a coisa dá. E dá... numa panada no pára-choques do meu carro, pois claro! Estava-se mesmo a ver. Vou até ao vidro do condutor, pergunto se não percebe que está a beter no meu carro, o senhor bem posto nem pára de fazer a manobra (acho que bate pela segunda vez) e solta só um "Não bati nada no seu carro!". Extraordinário! Pá... Nem quero acreditar que este gradessíssimo filho da puta me está a dizer que não bateu no carro quando eu estava ali e vi! Mas ele até se dá ao luxo de ... "A culpa é sua, porque estacionou à larga!" (sendo que "à larga" significa um palmo e meio do carro atrás do meu, que haveria de bater também, se eu deixasse menos espaço e o dono quisesse sair dali). Simplesmente estraordinário! Um filho da puta, arrogante, "sabichão" mas, claramente, com pouca percepção das distâncias... a abrir a boca para dizer merda atrás de merda, sem razão nenhuma, e sem parar de fazer uma manobra impossível. Do outro lado da rua, está um PSP, para quem olho, já que a perspectiva de confronto físico não está posta de parte. O senhor agente, vê-me olhar para ele... e baixa os olhos para um caderninho que tem na mão, fingindo que nada viu - não é nada com ele, portanto. Opto - dada a estupidez de toda a situação - por não me chatear mais. A pancada não deixou marcas no meu carro e andar à porrada em frente ao PSP - que, se calhar, o meu murro já veria, em vez de olhar para o caderninho - e na presença da filha do senhor bem posto (a coitadita não tem culpa de ter o pai que tem)... provavelmente, não seria a minha escolha. O filho da puta - há sempre um em todo o lado - saiu do carro, pegou na pequena, ainda a culpar-me por uma coisa que ele até ia dizendo que não tinha feito mas... nunca olhou para mim. Ainda bem que eu saí de casa... mesmo quando não tinha grande vontade de o fazer...

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