1.3.07


Portugal é um país "Tzé-Tzé". Não só porque temos um "Tzé-Tzé Sócrates" a fazer que comanda os destinos da coisa, mas também porque me parece que anda mesmo tudo a dormir nesta terra. Ninguém se aparecebeu que uma data de filhos da mãe passou mais de metade da campanha do referendo ao aborto a mentir ao povo, dizendo que, sim senhor, haveria aconselhamento psicológico para quem recorresse ao aborto? É que, na altura, isso até dava muito jeito a quem não estava a conseguir o voto dos indecisos, daqueles que não sendo totalmente contra o aborto, queriam assegurar que não fosse uma decisão tomada de ânimo leve por quem se visse nessa situação - isso parecia-me justo. Mas não. Ganhas as eleições, a Esquerda decidiu tomar as rédeas e não ouviu mais ninguém; ouviu-se a si própria. Não há aconselhamento (senão o opcional) para quem queira praticar o aborto. Ou seja, em 99% dos casos, a decisão será tomada exclusivamente com base na emoção e não na ponderação que o aconselhamento permitiria. Enfim... o chato até nem é que a Esquerda portuguesa o tenha feito; seria de esperar algo do género; grave é que ninguém se manifeste por se sentir enganado. É que - não me lixem - depois de tanto barulho feito na campanha, de um lado e do outro, agora este silêncio é mais absurdo que o ruído histérico que se fez durante aqueles 15 dias (e muito antes disso também). Merda pra isto!...

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