19.2.07


Que giro! Passei parte do dia a ver reportagens sobre os luso-brasileiríssimos cortejos de Carnaval feitos aqui em Portugal. Ovar, Estarreja, Sines, Madeira, Loulé e mais uns quantos corsos são chamariz para a populaça sair de casa, gastar uns cobres e poder ver a malta das novelas com uma coroa feita à mão enfiada pelos corninhos abaixo a acenar ao povo. É absolutamente lindo! Ainda para mais, haverá lá coisa mais lusitana que... Escolas de Samba?! Não vejo como seja possível haver. E fica-me sempre a pergunta: Que leva esta gente (desde miúdas de 3, 4, 5 anos a graúdas adultas com idade para ter juízo) a despir-se para "sambar" com temperaturas a rondar os 10º (e, muitas vezes, até com chuva)? Fá-lo-iam nos outros 362 dias do ano? Ou será que o fazem no Carvaval (as adultas - porque no que toca às miúdas não há nada que consiga explicar senão a parvoíce dos pais) para colmatar um desejo reprimido, porque sempre quiseram andar o mais peladas possível por todo o lado mas talvez seriam de ser chamadas de alguma coisa que não iriam gostar (sem ser na cama... por um gajo qualquer... que, já agora, lhes desse umas palmadas valentes também... aí se calhar já gostavam...)? No Brasil está um calor do caraças. Lá a malta despe-se por causa do calor... e porque dá menos trabalho para pinar logo que o cortejo acabe. É simples. O "transporte" desse hábito para Portugal... é só mesmo coisa de atoleimado.


PS: Ouvi dizer que a grande magia do Carnaval é ser-se, pelo menos por uma vez na vida, aquilo que sempre se quis ser. Ok... Mas há quem ande a tramar fortemente este conceito. O Cláudio Ramos, por exemplo, já é o que sempre quis ser. Para se disfarçar no Carnaval e ser o que nunca foi, teria de tentar fazer-se passar por homem. E eu acho que ele há coisas em que certas pessoas não se conseguem tornar, nem por uns dias. Mais depressa veria o Jardim vestir-se convincentemente de 1º Ministro aqui do Continente...!

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